Trombone
O trombone é um aerofone da família dos metais. É mais grave
que o trompete e mais agudo que a tuba.
Há duas variedades de trombone, quanto à forma:
Trombone de Pisto, também chamado de Trombone de Marcha ou
Trombonito:
Utiliza pistos mecânicos como o trompete.
Trombone de Vara: Possui uma válvula móvel (vara), que, ao ser
deslizado, altera o tamanho do tubo, mudando a nota. São várias as
particularidades da vara:
Faz com que o trombone apresente todas as notas dentro da
sua extensão (é comum entre os instrumentos de pisto um "buraco",
isto é, notas ausentes na região grave).
Deixa o timbre do instrumento mais homogêneo em todos os
registros, já que o ar não muda de caminho, apenas aumenta ou diminui o
percurso.
É mais adequada para realizar efeitos como o glissando.
Requer um maior cuidado com a afinação.
A família do trombone apresentava originalmente os
instrumentos Soprano, Contralto, Tenor, Baixo e Contrabaixo.
Trombone Soprano:
Trombone contralto:
Trombone Tenor:
Trombone baixo:
Trombone contra baixo:
Com a evolução da
música, alguns tipos foram sendo abandonados. O Romantismo consagrou o trombone
tenor como o mais nobre da família.
Na atualidade utilizam-se muito frequentemente o trombone
Tenor-Baixo, em Si bemol - Fá, e modelos dotados de válvulas mecânicas
acionadas com a mão esquerda.
Historia
Da trompa primitiva importado do Egito à construção em
cobre, em prata e, mais tarde na Idade Média, "Oricalchi" (liga
especial idêntica ao latão) onde o nome dos "Oricalchis" aos
instrumentos de metais e de sopros trazem às origens: o trombone de vara. A
antiga trompa era de forma reta, com um bocal em sua extremidade superior
enquanto que, em sua extremidade inferior se formava uma campana, representando
a cabeça de um animal.
Documentações e pinturas de Peregrino, como as que se
conservam no Escorial (Palácio dos Reis) em Madrid, levam a crer que um dos
primeiros trombones de vara foi inventado e usado por Spartano Tyrstem no final
do século XV.
Não se sabe ao certo como era chamado o trombone de vara
antes do século XVI. A partir daí, o "Sacabucha" era tratado na
Itália por "trombone a tiro" (trompa spezzata); na Alemanha,
"Zugpousane"; na Inglaterra, “Sackbut”; e na França, "trombone à
coulisse".
Até então, os instrumentos de cobre a bocal tinham sua gama
de sons limitada aos sons harmônicos de um som fundamental, que dependia do
comprimento total do instrumento. Por isso, a princípio, trocava-se de
instrumento de acordo com a tonalidade da música a ser tocada. Posteriormente,
foi desenvolvido um sistema de módulos com encaixes, que permitiam aumentar ou
diminuir o tamanho do instrumento, alterando seu som fundamental.
O trombone foi o primeiro instrumento de cobre que
apresentava a vara móvel. Tratava-se de uma evolução do sistema de módulos em
que, em vez de encaixar e desencaixar partes, bastava correr a vara ao longo do
instrumento para aumentar ou diminuir o tamanho do tubo. Dessa forma, podia-se
dispor de sete sons fundamentais - obtidos a partir de sete posições da vara -
além de todos os seus harmônicos, o que permitia executar no instrumento a
escala cromática. Por isso, à época, foi considerado o mais perfeito
instrumento de bocal.
Dos instrumentos da família do trombone, o soprano foi
rapidamente abandonado porquanto não era uma trompa talhada no registro agudo,
ficaram o trombone contralto em Mib, o tenor em Sib e o baixo em Fá. Há
diversas composições para trombone contralto, tenor e baixo que adicionam ainda
uma corneta a fim de realizar a parte do soprano. Existe uma Sonata de Giovanni
Gabrieli (1597) composta para quarteto, em que uma das partes de corneta se tem
substituído pelo violino.
Ao desuso do trombone soprano seguiu-se o desuso do trombone
contralto, restando sobretudo o trombone tenor em sib. Pela aplicação de uma
bomba mestra colocada em ação por um quarto pistom no trombone de pistom e uma
válvula rotatória posta em ação pelo polegar esquerdo no trombone tenor em
substituição do trombone baixo. Sabe-se que o trombone contrabaixo ou
"Cimbasso" de forma igual a do trombone tenor, a uma oitava inferior
deste, foi construído por Giuseppe Verdi para obter maior homogeneidade na
família dos trombones.
Na segunda metade do século XVII não houve grandes avanços
técnico no trombone de vara. Preocupava-se, à época, com os demais instrumentos
de bocal, cuja insuficiência se manifestava cada vez mais evidente,
principalmente depois do insucesso de Halernof com a aplicação da bomba
coulisse primeiro ao corno e depois à trompa por volta de 1780, em busca de uma
solução para dotar esses instrumentos de escala cromática.
A partir das cinco ou seis chaves, que funcionavam sobre
orifícios num sistema de alavanca semelhante ao dos clarinetes e flautas do
austríaco Weidinger e do inglês Halliday e, e da "encastre a risorte"
aplicado à trompa pelo francês Legrain, se chegou aos pistons inventados por
Bluhmel e aplicados à trompa pela primeira vez por Stölzel em 1813. Essa
invenção consiste em três tubos suplementares de diferentes comprimentos
comunicados com o tubo principal por meio de válvulas.
Em 1829, o fabricante vienense Riedl inventou os duplos
pistons (dois pistons para cada bomba, por meio das alavancas que ficavam
fixas) aplicando-lhe como pedais da harpa para trocar rapidamente de
tonalidade. O novo mecanismo foi logo bem substituído pelo mesmo Riedl por
cilindros ou válvulas rotatórias acionadas por através de alavancas com muito
pouca diferença do mecanismo que se aplica hoje em dia. O tal mecanismo tomou o
nome de instrumento à máquina.
O fabricante Adolphe Sax elevou a seis o número de pistos,
chamando "sistema dos instrumentos a seis pistons independentes", a
fim de obter melhor afinação, especialmente nas notas que requerem o emprego
simultâneo de dois e três pistons. Mas, a inovação não teve êxito, por seu
complicado mecanismo que provocara um manejo muito incômodo dos instrumentos e
logo foi abandonado. Por superioridade pertence sem lugar às dúvidas, a
invenção de Riedl.
Apesar de todas estas transformações e inovações, atualmente
o trombone a máquina (pistons) não é um istrumento indicado para orquestras.
Pode ser encontrado geralmente em fanfarras e bandas marciais.
Chegamos hoje ao atual trombone de vara tenor em sib usado
em diversos países, tendo preferências nas Jazz-bands, bandas sinfônicas,
orquestras de estações de rádios, orquestras de salão, orquestras sinfônicas e
filarmônicas, o qual, pela exata proporção das medidas entre suas várias partes
e a ótima qualidade do metal empregado em sua fabricação, permite obter
afinação precisa e formosa qualidade de som, realizando assim todas as
exigências da orquestração moderna
Modelos
Os modelos mais utilizados hoje em dia são:
Trombone Tenor Bb calibre fino (.508" vara e
7-1/2" na campana), sem rotor para música popular (jazz). Também conhecido
como Trombone Jazz, "Cabeça de Gato" ou "Canela-Seca".
Trombone Tenor Bb calibre largo (.547" vara e 8.5"
na campana), com ou sem rotor em F para música erudita. Também conhecido como
Trombone Tenor Sinfônico.
Trombone Baixo Bb Calibre largo (.562" vara e 9.5"
na campana), com 2 rotores sendo um em F e o outro em Gb, e é utilizado em
ambos os estilos.
Os calibres acima podem variar de acordo com o fabricante.
Apesar dos três modelos acima serem em Bb, eles são bem diferentes por causa do
seu calibre. O calibre muda muito o timbre do instrumento. O Trombone Baixo
hoje em dia é fabricado em Bb, porém com um calibre maior que o Tenor
Sinfônico, e com dois rotores que afinam em F, Gb e quando os dois acionados
juntos afinam em D.
Outro fato é que apesar do trombone ser conhecido por ter a
afinação em Bb, a sua escrita é realizada em C, portanto o trombone não é um
instrumento transpositor, como o trompete é por exemplo.
fonte: Wikipédia